terça-feira, 18 de agosto de 2009

CRUZ DE FERRO


(CROSS OF IRON) Excelente filme do "esteta da violência", Sam Peckinpah. Uma visão bastante realista do que é viver uma guerra. Só que isso aparece mais em filmes que retratam a história dos vencidos e não dos vencedores (muito se fala que são os vencedores que contam a história). Este filme retrata não o soldado alemão que faz carnificina mas sim a carnificina que acontece em qualquer guerra. Temos todos os tipo de pessoas e todos os tipos de disputas internas. Quem assistiu Platoon, de Oliver Stone vai perceber algumas semelhanças.
A história é a seguinte: um pelotão alemão, na frente russa. Na época, a maré da guerra estava já contra os alemães. Eles estavam retrocedendo e os russos, avançando. Então é diferente daquele filme típico onde o alemão está matando judeus. Nesse caso, temos alemães sendo mortos minuto a minuto e os russos vencendo quase todas as batalhas. Servir na frente russa era castigo, morria-se rápido.
Mas era o lugar para se conseguir medalhas por bravura e um oficial de família militar aparece no front justamente para isso, conseguir sua medalha (a cruz de ferro que fala o título) e ir embora de volta para a França, aguardar o fim da guerra.
Até a chegada desse oficial o espectador praticamente já se identificou com os personagens, não se trata de nazistas mas de soldados, como os soldados do filme Platoon ou qualquer outro filme de guerra.
E a guerra aí no caso não é guerra na selva mas na floresta russa. Tudo pode acontecer. Acima de tudo é um filme anti-guerra com ótimas cenas de combate.

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