terça-feira, 30 de junho de 2009

Loira do Banheiro e outras lendas urbanas

Tem uma peça de teatro com esse nome na praça Roosevelt. Ainda não fui assistir. Mas baseada numa lenda urbana como a "loira do banheiro", deve ser legal. A lenda começa ninguém sabe quando, mas o resultado final é que se você dar 3 descargas na privada, xingar a loira 3 vezes, ela aparece pra você. Pode parecer brincaridria isso, mas num colégio ou escola qualquer, há casos de alunas que pintam o cabelo de loiro e são perseguidos por colegas que morrem de medo. Houve um documentário sobre isso, numa mostra de curtas.
Outras lendas urbanas existem, como a gangue do palhaço. Essa daí eram palhaços numa combi. Eles paravam em algum lugar, davam doces para as criança eque estavam com sedativo. Aí levavam as crianças adormecidas para tirar os órgãos para vender.
O antigo jornal "Notícias Populares" (puxa, devia ter uma página com os artios desse jornal) publicava montes dessas lendas.
Contei isso para uma amiga, aí resolvi procurar na Internet se tinha alguma referência sobre o assunto.
Achei esse vídeo



Um dia assisto a peça e coloco aqui o que achei.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

JUSTINE - os infortúnios da virtude

Assisti na terça essa peça, no Espaço dos Sátiros, que fica na Praça Roosevelt. Muito legal. Ou muito ruim. Depende do seu ponto de vista. Alguns vão achar que é só uma desculpa para mostrar homens e mulheres simulando sexo ao vivo. Mas o Marquês De Sade não é lembrado por ser um pornógrafo e sim por usar a pornografia para transmitir mensagens. Seria interessante se ele vivesse numa época em que a nobreza já não existia. Ele teria muito em comum com o Nélson Rodrigues, sem dúvida.
Justine trata-se da história de duas irmãs, que escolhem caminhos diferentes na vida. Uma escolhe o bem, outra escolhe o mal. Quer dizer: viver praticando o bem ou viver praticando o mal. Parece brincadeira pensar desse jeito, hoje em dia mas houve época em que isso era importante. Vivemos num tempo de mudança de paradigmas em que ninguém já acredita mais em certo ou errado mas nuances.
Mesmo assim trata-se de uma peça que merece ser vista. A peça tem mais da filosofia de Marquês de Sade do que se pode até perceber no livro. Aliás até fica a recomendação: assista uma vez para ver e outra vez para pensar.
http://satyros.uol.com.br/noticia.asp?id_destaque=3
Abaixo, um clip de filme teoricamente a ver com o tema

quinta-feira, 18 de junho de 2009

INTACTO



Intacto é um daqueles filmes que você assiste e fica na sua cabeça horas depois de sair do cinema (ou desligar o vídeo). Filme perfeito para se assistir nessa época em que caiu o avião. Na verdade, no filme cai um avião, proximo do início. Sobrevive, sem nenhum arranhão apenas um cara. Que vai receber o seguro máximo do acidente. Só tem um probleminha: o sujeito é criminoso foragido. Então antes de ser preso, ele recebe uma proposta de um estranho. E descobre que tem o poder de conseguir a sorte de outras pessoas. Na verdade, esses dois são a dupla do filme. O cara que tem o poder de conseguir a sorte de outras pessoas e o "empresário" dele, que não tem mais esse poder mas conhece todo um "underground" onde as pessoas jogam um estranho tipo de jogo. Cada pessoa que o cara toca transfere a sorte da pessoa para ele.

Chocante, né? Mas aí, as pessoas jogam com essa sorte. Com quantas balas você pode jogar roleta russa e sobreviver? De certa forma, o filme todo é sobre roleta russa, mas jogada de várias formas. Contei muito? Ha! Não contei nada. Tem muita coisa para ver e pensar no filme.


http://www.cineplayers.com/filme.php?id=1722


quarta-feira, 17 de junho de 2009

OS FALSÁRIOS

Através de uma promoção do Catraca Livre, consegui um ingresso barato para assistir o filme. Quem pensar que irá encontrar muita coisa sobre dinheiro falsificado ou algo parecido com um filme nacional do cara que tirava xerox colorida de notas de R$ 50 vai se desanimar. Trata-se de um filme sobre vida em campos de concentração. Um bom filme.

Meio água-com-açúcar em alguns aspectos. Quem já assistiu aquele filme "A Pele", com Marcelo Mastroiani (principalmente leu o livro) vai ver que o filme tem momentos meio de ilusão. A única coisa que realmente importa quando se está numa situação de campo de concentração é sobreviver. O filme não, ele faz a pessoa pensar em cima de idealismo.

Porquê o personagem falsifica dinheiro, papeis. Mas tem um lado idealista. Não sei se dá para acreditar muito no assunto. Mas o que o filme mostra do cotidiano dos campos é bastante realista. A despersonalização do homem por um regime como o nazista. E a busca por uma idéia que dê valor a vida. Ao mesmo tempo em que fala sobre desvalorização da moeda, o filme fala sobre valorização da vida. Surpreende. O autor do livro que deu origem ao filme supervisionou cada página do roteiro então pode-se dizer que foi fiel.



http://br.cinema.yahoo.com/filme/15078/osfalsarios


Tem um ótimo texto sobre os eventos do filme no http://www.aish.com/holocaust/people/The_Counterfeiters.asp

sábado, 6 de junho de 2009

VIPS, histórias reais de um mentiroso

Livro de Mariana Caltabiano. Finalmente consegui terminar de ler. Um amigo meu levou o livro (era dele e eu não compro mais nada, se puder evitar) e só agora voltou de viagem. Nao ia dar mole, ficar fazendo resenha de um livro assim de graça (afinal, o certo seria a editora me enviar). Mas tudo bem.
A história fala de um tremendo malandro, estelionatário, etc.. tipo o personagem do filme estrelado por Di Caprio, Prenda-me se puderes. Mas não está no mesmo estilo do livro do Frank Abagnale (sim, porquê além de filme teve livro primeiro). Neste livro fica mais parecendo uma coleção de histórias (como o título fala). Não achei grande coisa, por parte da escritora. Oh, sim, deve ter sido mais trabalho checar, ir, viajar, entrevistar do que realmente escrever. O livro não ficou ruim. Mas podia ter sido melhor, com uma cronologia, com lances psicológicos. Porém acho que se melhorasse muito podia passar como uma apologia ao crime também.
O livro serve para se precaver quanto a vários tipos de golpes. Mas também não dá para saber todos. É uma coleção de relatos. Se vale a pena? Leitura agradável. Bom para dar presente. Mas não no dia dos namorados.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CLUBE DOS CINCO

Outro filme antológico. A definição antológico aí depende do ponto de vista. De início, parece muito chato. Simplesmente uns carastodos eles do ensino médio. Reunidos numa sala no sábado. Fizeram alguma besteira durante a aula e estão de castigo. Quase nenhum deles gosta do outro. Um cara meio nerd, um meio problemático, outro é o comportadinho da sala, outro é a namoradinha que todo mundo queria ter e por aí vai. Não é muito legal ser jovem e ir para a escola num sábado. Muito menos para cumprir um castigo.
Lá só se encontram o professor responsável pelo castigo, o empregado encarregado da faxina. Por aí. O filme é puro teatro, do início ao fim, nada de efeitos especiais. Apenas bate-papo. Mas é nesse bate-papo que as coisas acontecem. Sem nada em comum uns com os outros, na verdade vão descobrindo coisas sobre si mesmo e sobre os outros. Confessando seus segredos. Difícil não se identificar com algum personagem ou apontar para o outro e lembrar de alguém.
Mais legal é o final do filme, com a canção "Don't you forget about me". Fica perfeito.




http://en.wikipedia.org/wiki/The_Breakfast_Club

terça-feira, 2 de junho de 2009

Soylent Green - No Mundo de 2020


Este filme (No Mundo de 2020- ano1973) costuma(va) passar muito no corujão (ou sessão coruja ou fim de noite) em canais de TV. Fala de um futuro onde o planeta está super-populado. E não há mais alimentos, praticamente. A população vive racionamento de comida. E praticamente só se come Soylent green produzido através de algas. Não se eliminou a fome. De tempos em tempos há cortes ou falhas no abastecimento. A população vai as ruas reclamar e gigantescos carros e tratores com caçambas vão simplesmente limpar as ruas.
Aí, passou uns dias, o abastecimento volta ao normal, ninguém sabe porquê.
Acontece o assassinato de um político, um policial vai investigar. E o que ele descobre? Ah, isso fica para quem assistir o filme. Pode ser o futuro da humanidade. O filme é pré-greenpeace e outros baratos, tem a ver com a agitação dos anos 60 e 70. Qual o segredo de Soylent Green?

segunda-feira, 1 de junho de 2009

OS GUERREIROS PILANTRAS


Para mim, foi um filme que praticamente transformou a forma de enxergar o que é uma guerra. Começa olhando o cartaz. 4 caras indo contra um tanque de guerra. Essa cena ficou na minha cabeça na época quando o filme saiu (eu era criança, não tinha idade para assistir). Os caras se julgando capazes de encarar um tanque de guerra, como se fosse cowboys (aliás, essa devia ser a idéia). Depois, o elenco estelar. Clint Eastwood, Telly Savallas, etc.. todo mundo na flor da idade. Nesse aspecto, o filme é bem melhor do que o "Os doze condenados", porquê o elenco aparece bem mais e não é só aquela coisa de "teatro dramático". Não. O filme mistura comédia com ação, drama. De um sarcasmo incrível. E pior: incrivelmente verdadeiro. Como, verdadeiro?
Compara com um filme do Stallone, onde o cara vai lá e mata todo mundo. Aquilo é fantasia. Não acontece. Agora, se vc colocar alguém que já esteve numa guerra real, o cara vai falar "puxa, isso me lembra aquela vez", etc, etc..
Não estou falando das cenas de combate mas a ação é mais próxima do que eu acho que realmente acontece. Apesar do filme ser uma fantasia.
Mas do que estou falando?
O enredo é simples: o Clint Eastwood faz o papel de um major da inteligência que foi rebaixado (por isso está no front, perto da linha de fogo). Ele interroga um oficial alemão (2a guerra mundial, exercito americano e alemao perto de Lyon, na França). Bom, aí começa a parte engraçada: o major estava sendo interrogado não para falar as posições do exército alemão. O sargento que ordenou o interrogatório queria saber quais os melhores hotéis da cidade de Lyon, que eles iriam invadir. Só que o Clint descobre que houve um carregamento de ouro para um banco atrás das linhas inimigas. O que acontece com o major alemão? Morre num bombardeio.
O lance do Clint é simples: convencer o pelotão dele a entrar uns quilômetros atrás das linhas inimigas e assaltar o banco. O tenente em comando nunca sabe onde o pelotão está e também negou pra tropa ir curtir a licença na cidade. Ou seja, você oferece uma fortuna em ouro pra um pessoal que sabe que é bucha de canhão, qual a reação? E aí durante os filmes tem as piadinhas sarcásticas, tipo: o padre é o responsável pelos filmes pornôs que o sargento ia expor numa festa para a tropa. Lei de Murphy o tempo todo: o cara encarregado da artilharia se desculpa pela falta de pontaria e ter acertado as proprias tropas.. por aí vai.
O filme pode ser visto sem parar para pensar esse tipo de coisa mas cada vez que vejo tem uma piada nova que descubro nas entrelinhas.
Além da parte da comédia, tem muito lance do fato da guerra não ser política por outros meios e sim um evento comercial, como foi a invasão do Iraque.
O filme realmente não é lá tão bom, por isso aparece como número 34 na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos. Devia aparecer em primeiro.