segunda-feira, 1 de junho de 2009

OS GUERREIROS PILANTRAS


Para mim, foi um filme que praticamente transformou a forma de enxergar o que é uma guerra. Começa olhando o cartaz. 4 caras indo contra um tanque de guerra. Essa cena ficou na minha cabeça na época quando o filme saiu (eu era criança, não tinha idade para assistir). Os caras se julgando capazes de encarar um tanque de guerra, como se fosse cowboys (aliás, essa devia ser a idéia). Depois, o elenco estelar. Clint Eastwood, Telly Savallas, etc.. todo mundo na flor da idade. Nesse aspecto, o filme é bem melhor do que o "Os doze condenados", porquê o elenco aparece bem mais e não é só aquela coisa de "teatro dramático". Não. O filme mistura comédia com ação, drama. De um sarcasmo incrível. E pior: incrivelmente verdadeiro. Como, verdadeiro?
Compara com um filme do Stallone, onde o cara vai lá e mata todo mundo. Aquilo é fantasia. Não acontece. Agora, se vc colocar alguém que já esteve numa guerra real, o cara vai falar "puxa, isso me lembra aquela vez", etc, etc..
Não estou falando das cenas de combate mas a ação é mais próxima do que eu acho que realmente acontece. Apesar do filme ser uma fantasia.
Mas do que estou falando?
O enredo é simples: o Clint Eastwood faz o papel de um major da inteligência que foi rebaixado (por isso está no front, perto da linha de fogo). Ele interroga um oficial alemão (2a guerra mundial, exercito americano e alemao perto de Lyon, na França). Bom, aí começa a parte engraçada: o major estava sendo interrogado não para falar as posições do exército alemão. O sargento que ordenou o interrogatório queria saber quais os melhores hotéis da cidade de Lyon, que eles iriam invadir. Só que o Clint descobre que houve um carregamento de ouro para um banco atrás das linhas inimigas. O que acontece com o major alemão? Morre num bombardeio.
O lance do Clint é simples: convencer o pelotão dele a entrar uns quilômetros atrás das linhas inimigas e assaltar o banco. O tenente em comando nunca sabe onde o pelotão está e também negou pra tropa ir curtir a licença na cidade. Ou seja, você oferece uma fortuna em ouro pra um pessoal que sabe que é bucha de canhão, qual a reação? E aí durante os filmes tem as piadinhas sarcásticas, tipo: o padre é o responsável pelos filmes pornôs que o sargento ia expor numa festa para a tropa. Lei de Murphy o tempo todo: o cara encarregado da artilharia se desculpa pela falta de pontaria e ter acertado as proprias tropas.. por aí vai.
O filme pode ser visto sem parar para pensar esse tipo de coisa mas cada vez que vejo tem uma piada nova que descubro nas entrelinhas.
Além da parte da comédia, tem muito lance do fato da guerra não ser política por outros meios e sim um evento comercial, como foi a invasão do Iraque.
O filme realmente não é lá tão bom, por isso aparece como número 34 na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos. Devia aparecer em primeiro.

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