sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Concepção 2005


Tentativa de se criar filme Cult (pelo menos a campanha promocional, na época, era bem assim) sobre um cara que apresenta um novo modo de pensar a um grupo de jovens de Brasília, filhos de diplomatas. Mais ou menos como uma religião, "a concepção" seria uma extensão daquele "faz o que tu queres porque será tudo da lei" que pregava a sociedade alternativa. Vale transar todo tipo de drogas, vale mentir, roubar, etc.. me faz pensar em como não é difícil algumas pessoas cairem sob influência de alguém com um pouco mais de lábia. O filme serve um pouco como alerta. Mas afinal de contas, o que é a identidade de uma pessoa, será aquele pedaço de papel?

Drugstore Cowboy 1989


Filme baseado na autobiografia de James Foggle, um usuário e líder de gangue de drogados. Diferente de outros sucessos do diretor Van Sant, como "Elefante", é o relato de uma vida roubando farmácias e hospitais para sustentar o vício das drogas. A diferença entre assaltar bancos ou outra coisa qualquer é o destino do roubo. Parece um documentário, na medida em que percorre vários episódios da vida de um tipo de ladrão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Mad Max (o primeiro)


Filme australiano ultra violento. Acontece num futuro meio distópico. Que podia também ser o presente atual, dependendo de onde se vive. Feito com orçamento baixo, não dava (na época em que assisti) diferenciar muito do que eu via aqui e ali em alguns lugares do Brasil. A polícia do filme tinha um prédio bonito do lado de fora. Por dentro, só ruinas e velharias.

Mel Gibson, que virou estrela depois desse filme, faz o papel de um policial que tem a esposa atropelada por uma gangue de motoqueiros. E é uma das cenas menos violentas, comparando com o que acontece depois. A gangue pinta o diabo em várias cidades onde vai. E Mel Gibson vai atrás, para se vingar. Alterna cenas de profundo impacto com cenas monótonas. Faz a pessoa ficar a favor da pena de morte. Ou sei lá. Com nojo.

Fio da Navalha


Existem vários "Fio da Navalha". Filme e livro. O livro, escrito por Somerset Maugham e os 2 filmes (original e refilmagem).

O livro é um "tijolo", coisa de 300 a 600 páginas, dependendo da edição. Ambientado entre a 1a grande guerra e a queda da bolsa em 1929, retrata um grupo de amigos ao longo do tempo. Sendo que a figura principal é um sujeito que vai lutar na guerra (melhor, vai dirigir uma ambulância na frente de batalha). Na refilmagem é interpretado por Bill Murray (caça-fantasmas). Papel muito sóbrio. A guerra tem um efeito muito negativo no personagem e ele sai pelo mundo em busca da verdade. Ou iluminação, o que quer que se chame. No livro, a narração é feita por Maugham, que parece estar narrando algo que realmente aconteceu.

Em vários aspectos, Maugham antecipa toda aquela valorização da cultural oriental que aconteceu nos anos 60 e 70. Quem assiste o filme nem pensa nisso. As pessoas retratadas vivem em ambientes de alta cultura e nível social. O filme estimula a leitura do livro, já que pode-se perceber (ou imaginar), muita coisa fica de fora. E muitos detalhes que foram poupados do filme adquirem novo significado. São personagens com farto material psicológico. Encontrar a verdade pode ser tão difícil quanto andar no fio de uma navalha..



Filmagem original

PARADA 174

Filme super cheio de suspense e violência, do Bruno Barreto. O filme usou o arquivo de imagens e vídeos das emissoras que cobriram o evento, junto com os depoimentos de pessoas que estavam lá dentro do ônibus.

A história é morte anunciada desde o início, quem tem um pouco de conhecimento sabe o final. Houve uma chacina de garotos próximo a Igreja da Candelária, no RJ. Um dos sobreviventes foi exatamente o personagem do filme. Que fez um assalto no ônibus, linha 174. Só que foi pego em flagrante, quer dizer, foi descoberto. Para não se entregar, resolveu sequestrar o ônibus, levando todo mundo como refém.

A pessoa que assiste dificilmente dorme ou vai no banheiro. A melhor cena, para mim, é quando uma estagiária (carioca, óbvio) liga para o chefe dizendo que vai chegar atrasada porquê o ônibus está sendo assaltado. Tão comum, no RJ, algumas pessoas na platéia até riem. E para carioca, ser assaltado ou ver assalto ou mesmo ouvir falar de assalto é tão comum quanto discutir beijo de novela. Cidade louca, apesar de gostosa. Cenas muito fortes.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Desejo de Matar 1974 Death Wish


Filme que praticamente virou série, na época em que foi lançado. Alta quantidade de violência e um questionamento psicológico: será que alguém deve poder vingar-se de outra pessoa? Sim, porquê a violência em princípio é monopólio do estado. Só ele está autorizado a usar armas de alta capacidade de destruição. Só gente autorizada pode sair batendo em pessoas (nas passeatas) e por aí vai.

O jeito que a história é construída torna meio difícil não simpatizar com o Paul Kersey. Sua esposa e sua filha sofrem violências enormes, ele perde a esposa. E por isso sai matando aqueles que foram responsáveis por isso.

O filme gerou uma série de continuações, acho até que foi o primeiro senão um dos primeiros a ter números depois do título, tipo "desejo de matar 2", 3, etc..

Perto de filmes como Rambo, ele perde. Principalmente porquê o estilo de filmagem daquela época, as roupas, tudo, fica meio um ar de sessão coruja. As armas que o Paul Kersey usa no primeiro filme não são coisa do tipo que ele usa nos últimos filmes. No primeiro filme, havia uma espécie de julgamento moral, um questionamento: será que é condenável esse tipo de ação? Isso apareceu também em outros filmes como "tempo de violência", baseado no livro de John Grisham..

As cenas de tiroteio porém são ótimas. Principalmente porquê o espectador comum se enxerga no lugar de Kersey. Os bandidos passam a ser a vítima. E a polícia? Ai é que o questionamento se aprofunda. Mas no fundo, é um filme de cowboy ambientado na cidade grande, na N.York daquela época.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Curtindo a vida adoidado


Ou Ferris Bueller's Day Off (1986)
Todo mundo, seja quem for, já sentiu vontade de ficar mais um pouquinho na cama. Este filme constrói tudo em cima dessa vontade. Como não ir na escola, como chamar os amigos para se divertirem em algum e acima de tudo, não se sentir culpado. Uma ode aos bons tempos de criança, quando se inventava uma doença para se ficar em casa assistindo TV. Só que Ferris tá afim é de zonear. E vai convencer o amigo dele (que estava realmente doente) a vir junto, com um carro. Claro, a namorada não fica de fora.

Tá muito bom? Médio. A irmã dele fica com ódio e resolve bancar a dedo-duro (e o fiscal de plantão na escola está doido para mandar uma suspensão no faltante). Tem muita coisa acontecendo no filme independente do que eu contei. Tem mais na wikipedia. Ai você não precisa nem assistir.
O youtube parece que cortou a visualização do trailer, então vai esse

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Um drink no inferno



"From dusk till Dawn"(1996) é o grande filme do Tarantino como roteirista. Tudo bem que o Robert Rodriguez com diretor (El Mariachi e outros) também é ótimo. Mas o Tarantino também faz um papel, ao lado do George Clooney. Realmente não dá para saber o que vai acontecer no próximo minuto.
Cheio de humor negro até a alma.

O filme conta a história de dois ladrões, sequestradores, assassinos, estupradores, pode escolher, fizeram de tudo. E estão fugindo da lei. Aí, vão se encontrar com um cara num lugar qualquer. Para escapar da prisão, estão indo para o.. México! Mas não simplesmente para o México e sim para um super esconderijo. Vão encontrar o cara que vai leva-los para o esconderijo.

São dois filmes em um. Na primeira parte, é a fuga dos caras até o ponto de encontro. Aí começa a segunda parte do filme. Que é mais surpreendente do que a primeira. A Salma Hayek faz uma ponta. Baixinha notável.

Querendo mais detalhes, vai na Wikipedia, não curto estragar a história.

Ok, é um filme de vampiros, a 2a parte (tá no trailer, lá embaixo). Mas o resto eu não comento.

As continuações não foram tão boas. Sônia Braga trabalhou como atriz numa delas e ela até que estava legal. Mas nem dá para se lembrar como era a história.

Festa de família

Festa de família é um filme do pessoal do Dogma, que tem uma série de idéias inovadoras sobre fazer cinema. O grupo que fez o filme "Cama de gato" tentou uma imitação ou coisa do gênero, o filme não ficou ruim.

Festen ou Celebration, na verdade foi um programa de rádio (hoax) que virou roteiro de filme, que ganhou um monte de prêmios. Trata-se de uma reunião de família, uma homenagem ao patriarca, do ramo de hotelaria. Estão os filhos e os netos hospedados numa mansão. Em determinado momento, um dos filhos (maduros) acusa o patriarca de incesto. E acontece um monte de outras coisas. É bem "Nélson Rodrigues".

Filme dinamarquês, o trailer não está a altura. O tipo de câmera usada (característica do grupo Dogma) também dá outra visão ao filme.

Diários de Motocicleta

Filme legal sobre a vida do Chê Guevara antes de virar Chê, quer dizer, quando ele era apenas um médico maluco que virou mochileiro (mais tarde virou mito e depois martir, mas isso é outra história). (Os adoradores do Chê que vierem me falar que ele não tinha uma coisa de maluco no meio da cabeça, bom, fiz mestrado em cima dos escritos dele, traga a cerveja que vai ser uma longa noite de discussão). Foi um grande sujeito, de qualquer forma.
O filme é baseado no diário do colega dele e não no diário que ele escreveu sobre as aventuras da dupla pela américa latina. Bom ressaltar isso.
No diário do Chê sobre a viagem, vemos outro Chê, alguém bem diferente, mais parecido com outras pessoas que colocaram um saco de dormir nas costas e foram conhecer o mundo.
O filme tem várias paisagens belissimas. Boas aventuras. Mas fica principalmente, aqui e ali, uma preocupação em louvar a figura daquele que ainda não era Chê, mas apenas Ernesto Guevara. Ou seja, um filme para louvar o mito. A única referência a luta armada ou revolução, qualquer coisa que lembre mudança social, nos escritos do Chê daquela época, estava lá no final do livro e com certeza era bem posterior à viagem. Foi só depois dessa viagem retratada no filme é que ele começa a virar algo parecido com ativista e começa a se interessar por política a sério (chequem na wikipedia ou com John Lee Anderson). Tem muito mais do livro de Alberto Granato (o companheiro) do que do livro que Chê escreveu.
O "Chê" mesmo só vai surgir depois de uma passagem por Honduras, onde ele presencia um golpe de estado financiado pela CIA. Foi lá inclusive que ele recebeu o apelido que virou parte do nome. Mas aí é outro Chê e lá pelo final da vida tem coisa que poucos conhecem.
Como filme, vai agradar. Mas é bom saber que quase todo mundo que conheceu essa grande figura, cada pessoa que viu ele de longe ou de perto, a maioria delas escreveu um livro contando esses momentos e sempre privilegiando o mito em detrimento do homem.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O pagamento final (Carlitos Way)

Filmaço de Brian de Palma baseado no personagem de Edwin Torres. Al Pacino, como sempre, inesquecível. É a história de um gangster que sai da cadeia graças a ajuda de seu advogado. Decidido a largar o mundo do crime. Mas falar é fácil. Único ponto a favor é que desde pequeno decidiu não consumir drogas, pelo menos não a ponto de se viciar e ser controlado. Fora da cadeia, tem que arrumar um modo de vida que não envolva crime, recuperar sua antiga namorada e outros lances.

O problema é que ele tem um monte de amigos rotulaveis como "má companhia". O própria advogado que o ajudou a sair da cadeia lhe apronta algumas.

ALTERED STATES


Tremendo filme de ficção científica do cara que também dirigiu Tommy.

O filme mostra um cientista obcecado com experimentos feitos com uma câmara de privação sensorial. O que seria isto? Está no filme Demolidor, uma capsula onde a pessoa não sente mais nada, não ouve ruido, não vê, não sente frio, etc.. experimentos feitos com voluntários demonstram que o sujeito pode ter dificuldade em equilibrar um cigarro numa mesa. O cientista do filme (que não tem cara de cientista) vai um pouco mais além e descobre outras coisas.

Em outras palavras, o cara viaja dentro da própria cabeça. Há cenas lisérgicas que nem as que ocorreram no filme Tommy. Mas bem melhores. A MTV usava umas vinhetas baseadas em cenas do filme.



Cena mais louca

Juventude Transviada (Rebel Without a Cause)

Talvez a obra máxima de James Dean. Pelo menos aí mostra tudo pelo qual ele ficou famoso, um cara na adolescência, tentando assumir uma personalidade. No meio de outros jovens que também estão na mesma.

Basicamente, trata-se de uma família com um filho que é todo problemático. Quando os problemas começam a ficar muito pesados, a família inteira se muda de lugar. Isso é o início do filme. Depois vem a interação do jovem com o pessoal do lugar, prisão por embriaguês, cenas de corridas de carro ("rachas"), brigas de facas, montes de coisas, revolta contra os pais, etc..

Foi o filme de toda uma geração que não conhecia ainda a maconha, só a bebida.

Vidas Amargas (east of Eden)

Drama baseado no livro de John Steinbeck, que produziu vários outros sucessos literários, também filmados. Conta outra história ou saga de família (o livro, que é um calhamaço de 300 a 500 páginas, dependendo da edição) Trask.

No filme porém a ação fica em torno das primeiras 100 páginas do livro. Poderia ser resumida em algo tipo Caim e Abel, dois irmãos lutando pela atenção do pai. Há muito drama, muita coisa bem dirigida e interpretada. Mas lendo o livro fica a impressão que a adaptação foi uma bela merda, não importa se a atuação do James Dean foi boa (achei a dublagem brasileira horrível - assisti na "sessão coruja"). Não dá para transpor integralmente toda a riqueza do texto original para a tela. O Dean chama demais a atenção e estraga a visão geral da obra. Mas foi o primeiro filme dele.

Mostra muito bem o que é uma desintegração familiar, o que rendeu montes de fãs nos anos 60. E continua rendendo até hoje. Boa reconstituição de época (1914).

Assim caminha a humanidade (Giant)

Dramalhão contando a saga de uma família de petroleiros (ou criadores de gado que descobriram petroleo em suas terras, dá no mesmo). Um monte de estrelas, tipo Elizabeth Taylor, Rock Hudson e .. James Dean, num dos poucos filmes que participou, antes de morrer num acidente de carro. Na época em que assisti, meu foco era o James Dean mas Liz Taylor era um chamariz de multidões. Foi a maior bilheteria até o aparecimento do filme do Super-homem.

Se o filme é bom? Ganhou montes de prêmios. Mas no meu caso, é apenas a história de uma família cheia de grana e de um cara (interpretado por James Dean) que sobe na vida graças a inteligência e a descobrir petróleo num trecho de terra de sua propriedade. Longo pra caramba. Faz pensar no que se faz com a vida depois que se ganha dinheiro.. um outro tipo de filme de cowboys..

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Como ser solteiro no Rio de Janeiro

Filminho legal, comédia. A história é bastante simples: dois caras, um que é don juan e outro que é um zé-mané qualquer com as mulheres. Ambos no Rio de Janeiro. O zé não pega mulher de jeito nenhum e o amigo dele, cata todas. Aí o óbvio: porquê não escrever um manual ensinando como se catar mulher? O don-juan começa treinando o amigo dele. Depois faz o tal manual. E dá cursos ensinando a arte de paquerar. Faturando alto.

De um lado, o filme antecipa os cursos de paquera e os livros que estão sendo publicados hoje (querendo, dá uma olhada no fanzine Barata Elétrica).

Apesar de não ensinar diretamente nenhum truque (sim, o filme tem truques interessantes mas as pessoas comuns não vão analisar e entender corretamente) o filme conta muito do que é paquerar por atacado. Uma boa comédia romântica.

Rambo

O título brasileiro do filme era "Rambo, programado para matar". Baseado na novela "First Blood" de David Morrell, um texto feito pensando num xerife que pegou uma turma de hippies, deu banho, raspou da cabeça aos pés e largado na saída da cidade. Como seria se, ao invés de um hippie, ele pegasse um ex-combatente. Demorou bastante para o filme surgir, não achavam ator adequado, pensaram em vários, tipo Paul Newman, Al Pacino, Steve McQueen, Clint Eastwood, Robert De Niro, Nick Nolte e por aí vai.

Gerou boas (e más) sequências, Rambo II, III, etc.. sempre com Stallone no papel principal e sempre como o sujeito que não quer mas acaba "chutando o pau da barraca". Legal esse artigo que um cara escreveu sobre o livro.

O filme conta a história de um ex-combatente do Vietnã que é perseguido por um xerife de cidade pequena também ex-combatente da Coréia. Rambo é preso sob acusação de vagabundagem e foge da cadeia depois de matar um guarda que tentava obriga-lo a fazer a barba. As sequências de luta e perseguição são clássicas e parodiadas a tal ponto de virar clichês. Não precisa assistir o filme para se conhecer a história.



Na novela First Blood, o Rambo morre no final. No filme inicialmente também o Rambo não sobrevivia. Mas resolveram fazer um final onde ele sobrevivesse. O final inicial era este

Rocky, um lutador

Para mim, o melhor filme que o Stallone fez na vida. Não era para ele conseguir o papel, a questão que ele era o autor do roteiro. Que escreveu com intenção de fazer o papel principal. Aliás o roteiro tinha umas trechos que não foram usados e o filme seria algo racista se saisse como o original. Enfim, com menos de 2 milhões de dólares de orçamento, alcançou 117 milhões, aquilo que os americanos chamam de sleeper.

O filme é sobre um cara musculoso que luta boxe e faz cobranças para um mafioso, para sobreviver. Até que chega um dia em que um grande lutador oferece a ele uma chance única, lutar com ele pelo título, coisa tipo "Cassius Clay versus João Ninguém". Muito linda a sequência de treinamento o personagem faz para participar do combate. Aliás, foi copiada e parodiada ad nauseum em muitos filmes.

O que demonstra que, tendo um bom roteiro, qualquer um pode ser ator famoso. Os filmes posteriores de Stallone também fizeram sucesso de público e de crítica.

Operação Dragão

Filme máximo de Bruce Lee (na minha modesta opinião). Na época, ele já fazia sucesso como Kato na série Lanterna Verde. Ele já tinha tido oferta para fazer uma franquia de lojas de qualquer tipo de luta que quisesse mas decidiu prosseguir no cinema. Estava fazendo Jogo da Morte quando morreu por ingerir um analgésico (sempre lembro disso quando me falam para olhar bem o que como). Bruce Lee estava fazendo bastante polêmica por conta de suas teorias de luta, que redundaram no estilo de luta sem estilo, denominado Jeet Kune Do. Dava aulas para varios atores e era muito conhecido no meio artístico. Com o sucesso de Operação Dragão, os grandes estúdios tentaram conseguir sua participação e evitar a concorrência. Sem sucesso.
Sua morte gerou teoria de conspiração, já que não dá para acreditar que alguém tão bem de saúde iria morrer por conta de uma aspirina. Uma injustiça mas não a única: era para ele ser o personagem da famosa série Kung-fu, papel que acabou nas mãos de David Carradine.
O filme conta a história de um lutador que aceita participar de um torneio de kung-fu para vingar a morte da irmã. Esse enredo aparece em vários outros filmes, nem sempre tão bem feito.



segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Platoon

Esse filme é histórico, antológico, etc.. não tem porquê não recomendar. Ganhou montes de oscars, que que se pode dizer dele? Que com todo o realismo que tem, é forçado. Como assim, forçado? Eu conversei com um ex-pracinha. Aquilo tudo acontece na guerra. Mas é muita lei de murphy acontecer no mesmo pelotão (platoon). Claro que americano consegue inovar e de repente, aquilo acontecia em todos os pelotões.. por isso que o Vietnã não funcionou.
A história de um sujeito chegando para servir no Vietnã é contada como se fosse um road-movie. O cara vai se transformando a medida em que vai experimentando a vida de milico. Para mim, o filme é um contraponto a filmes como "Apocalipse Now" (não confundir com o Apocalipse Redux) onde a guerra é retratada de forma menos real.
Meu conselho é assistir primeiro o Apocalipse Now (não a versão Redux) e depois assistir esse.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nixon X Frost - the interview

Filme muito legal. Cerebral.
Após o escândalo Watergate, Nixon renunciou. Sua carreira política estava terminada e só escapou da prisão porquê recebeu um perdão presidencial. Isso gerou interesse para um célebre apresentador australiano, Frost. O sujeito teve a idéia de fazer uma série de entrevistas com Richard Nixon para conseguir sua versão dos fatos. Por US$ 600 mil conseguiu mas teve enormes problemas para levantar esse dinheiro. As emissoras não acreditavam na idéia. De fato, Richard Nixon sempre foi bom de papo. Impossível se extrair dele aquilo que todos os americanos queriam ouvir: uma confissão.
Frost conseguiu isso. Senão, não haveria o filme, óbvio.
Vale a pena assistir por conta dos truques de como um político usa para se safar de perguntas.


Porém graças a mágica da Internet temos também acesso aos tapes originais, com Nixon falando


A melhor parte de todas porém é aquela frase famosa, que eu não sabia que vinha dessa entrevista

Tem também o site oficial http://www.frostnixon.com/